Após uma abertura consagrada e uma das mais esperadas pela maioria dos alunos do curso de treinadores, com Cláudio Duarte, mais conhecido como Cláudião, o curso de treinadores em Pelotas encerra-se com uma apresentação também de “peso”, pelo formando em jornalismo, radialista, repórter, comentarista, colunista esportivo e assessor de imprensa, da FePra Assessoria. Felipe Machado, com boa experiência pelos gramados do estado, ministrou a última palestra do dia e do curso na manhã deste domingo.
A relação da imprensa com os treinadores era um dos assuntos muito esperado pela maioria dos alunos. Quem acompanha o futebol diariamente e as entrevistas dos técnicos, sabem que uma boa relação entre esses profissionais é fundamental para fluir um bom trabalho para ambos. O que a maioria não esperava eram as “atuações –caretas- que o nosso palestrante fazia durante a aula. Segundo Felipe as representações físicas para os alunos é importante, ajuda a fixar o conteúdo dado e a lembra-los o que é aconselhável e não é aconselhável a se fazer em algumas coletivas e entrevistas.
Partindo do ponto em que os treinadores e jornalistas devem se respeitar, o ministrante dessa aula ressaltou alguns pontos em que ambos profissionais erram, como: capacidade de improviso, cuidados necessários, a ética dos profissionais e outros.
Na adversidade dos temas abordados pelo professor Machado, que se diz “professor” apenas no crachá, compartilhou opiniões e críticas com alguns alunos que entendem que, treinador não pode ser comentarista e voltar a ser treinador, na opinião dele, isso seria uma falta de ética do profissional. Alguns foram mais além caracterizando programas esportivos como “brincalhões da informação”, por ter José Ferreira Neto e Oscar Roberto Godói como comentarista. “Quando um técnico esta atuando como comentarista ele esta representando e sendo pago por algum meio de comunicação para desempenhar seu trabalho, isso não quer dizer que fazer críticas aos colegas de profissão seja anti-ético, já que naquele momento ele não esta atuando como um treinador e sim como um comentarista que deve ser profissional em seu trabalho. Quanto ao Neto e ao Godói eles são polêmicos mesmo e é difícil caracterizar um perfil de comentarista nos programas, já que o espaço é para isso, para ter opiniões destintas”, definiu Felipe Machado.
Entre perguntas e respostas, surgiu comentários que a imprensa é manipuladora e oportunista, dependendo da situação ela utiliza a matéria como melhor convir para seu canal de comunicação. Todos sabem hoje em dia que a forma de se fazer notícia no Brasil, está muito clara e mais objetiva do que alguns anos atrás, também sabem o poder que um jornalista, repórter tem em mãos, apenas um microfone lhe da uma proteção que se for trabalhada de forma ética isso só vem a somar no trabalho do profissional dos gramados. A imprensa pode levantar ou derrubar um profissional, tudo depende da ética e do bom senso do jornalista que faz a matéria e do respeito que técnicos e jogadores tem com os comunicadores esportivos.
Ao final de sua aula, Felipe, trouxe ao conhecimento dos alunos, alguns áudios captados por ele em jogos dos times pelotenses, exemplos de profissionais que sabem trabalhar com a imprensa e a “impaciência” de outros técnicos com alguns repórteres.
No período da tarde o Sindicato dos treinadores, representado pelo coordenador técnico Cláudio Gomes, alunos do curso e a FePra Assessoria de Imprensa, dirigiram-se até o CT do Fuca, na Fernando Osório para as aulas práticas. Como já diz o nome, as aulas foram nos gramados cedidos pelo dono do local para a realização do mesmo. Estratégias, formação e planejamento foram alguns dos temas abordados pelo professor Cláudio para ministrar a aula.
Texto: Leandro Prado/FePra Assessoria de Imprensa
Fotos: Equipe FePra
Nenhum comentário:
Postar um comentário