Iguatemi Siebra, avaliador físico das categorias de base e do juvenil do Sapucaiense, e responsável pela fisiologia da sub 13, 15 e 17 do clube falou no início desta tarde sobre os cuidados que treinadores devem ter com crianças antes da sua fase de crescimento, já que é nesta fase que os problemas começam a surgir. Também deixou bem claro aos alunos que um treinamento imposto para um adulto é bem diferente ao de uma criança ou um adolescente de até 15 anos.
Pelo fato do organismo de uma criança e de um adulto produzirem energias diferentes o cuidado com as idades é primordial, já que para uma criança treinamentos pesados irá causar problemas na sua fase de transição de adolescente para adulto.
Com uma aula bem diversificada e autêntica, o carismático Iguatemi falou também da periodização dos técnicos. Periodização seria o planejamento de uma ação, ou seja, como o técnico vai elaborar e trabalhar seus jogadores para um campeonato. Essa periodização pode começar sendo feita logo que a criança entra para o clube. O técnico deve elaborar um cronograma detalhado com perguntas a serem feitas aos futuros profissionais. “Essa tabela mostra detalhadamente todas as etapas de perguntas que um técnico deve seguir antes de atribuir qualquer exercício ao menor, assim vocês terão certeza que estão contribuindo muito para um possível brilhante atleta”, comentou Siebra.
Estatura
A estatura do aluno é trabalhada desde seus primeiros passos com a bola. É nessa idade que definirão sua estrutura corporal. O trabalho sobre a estrutura deve ser bem planejado e de forma que não venha interferir no seu crescimento. Caso isto aconteça, também irá interferir na possibilidade de um grande jogador nas categorias de base transformar-se em um péssimo atleta depois que chegar à maior idade. Além da estatura o técnico que trabalha com crianças, deve-se preocupar com o psicológico delas, o sistema nervoso e ter exames periodicamente sobre o funcionamento do organismo desses pequenos atletas.
A partir daí é o momento em que o técnico começa a trabalhar fortemente dentro do que foi planejado para aquele aluno, como trabalhar a rapidez e a força de explosão. “Corridas fortes e rápidas em um espaço de 15 a 20 metros é o suficiente, já que um jogador, não corre 100 metros sem parar em uma partida de futebol. Normalmente são ‘piques’ curtos e com muita força”, disse Iguatemi.
Após usar várias tabelas em sua aula, Iguatemi, deu uma dica aos alunos: “todas essas tabelas podem ser encontradas no Google (www.google.com.br) digitando, yo-yo”. Nessas tabelas vocês encontraram avaliação dos índices de resistência geral, tabela de abdominal, flexão, impulsão vertical entre outras.
Para concluir o professor falou das confusões que alguns técnicos fazem com determinados jogadores. Um atleta obeso não quer dizer que esteja gordo, porém a palavra “obeso” é de origem latim e quer dizer “comer de mais”. A força e o peso muscular que o atleta tem, devem ser considerados no momento de uma avaliação física, já que a musculatura também influencia no peso. Então esses jogadores que possuem muita massa muscular precisam de uma alimentação mais reforçada e em maior quantidade, isso transformará em energia para que ele possa gastar durante suas atividades.
Texto: Leandro Prado/FePra Assessoria de Imprensa
Fotos: Equipe FePra
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